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O terreno onde as barracas foram montadas é desnivelado, propiciando o acumula de água. Os galpões que servirão para guardar os pertences dos desabrigados ainda não foi coberto. A previsão era de que as obras fossem concluídas até o final deste mês, prazo que não deve ser cumprido, de acordo com a Defesa Civil, que deve fazer uma análise do andamento da obra nesta segunda-feira (30). Sobre o alagamento do terreno, o coronel Demargli Farias explicou que a situação também será verificada. "Cada necessidade será avaliada com calma. Ainda não sabemos quando as escolas serão liberadas”, disse.
Com as enchentes em Rondônia, mais de 16 mil pessoas foram obrigadas a deixarem suas casas. Porto Velho e 11 distritos são os mais afetados pela cheia do Rio Madeira. A capital teve o estado de calamidade pública reconhecido pelo governo federal, que liberou recursos para ações de socorro às vítimas das cheias. A cota do Rio Madeira neste domingo é de 19,72 mestros, de acordo com aferição da Agência Nacional de Águas (ANA).
Resistência
De acordo com Demargli, é natural a resistência de algumas famílias em deixarem suas casas mesmo estando em áreas de risco e que os argumentos apresentados por elas são bastante diversos. É o caso da dona de casa Márcia Nunes, que mora no Bairro Nacional e diz não querer deixar sua casa por medo de que os seis filhos percam aula. “Eu não vou para abrigos distantes, pois meus filhos não teriam condições de estudar”, afirma. Segundo ela, a água já invadiu o banheiro e a sala da casa.
Para casos como os de Márcia, a Defesa Civil afirma que uma van escolar deverá fazer o transporte dos estudantes, mas que o transporte escolar só deve funcionar quando as famílias já estiverem nos alojamentos do parque de exposições.