Pontes e estradas vicinais de cidade de RO são danificadas por enchente

O município de Chupinguaia (RO) continua em situação de emergência após o Rio Pimenta Bueno transbordar e encobrir pontes e estradas da área rural do município. De acordo com o prefeito Vanderlei Palhari, os distritos de Boa Esperança, Novo Plano e Córgão foram os mais afetados com as enchentes. Apesar da gravidade da situação, não há desabrigados e nenhum distrito está isolado. “O problema é apenas nas estradas, não temos nenhum distrito isolado, mas somente caminhões e tratores conseguem chegar a Boa Esperança”, explica Palhari. No distrito de Novo Plano, as estradas ficaram interditadas por uma semana.
O prefeito conta que há dois anos a cidade passou por uma situação parecida, mas esta foi pior. Com dificuldades para trafegar na área rural, as aulas em três escolas dos distritos foram suspensas e cerca de 800 alunos estão sem estudar. Na área urbana, as escolas estão funcionando normalmente, mas não há transporte para os estudantes. “Não sabemos quando vamos voltar com o transporte escolar. Temos muitos reparos para fazer para que o serviço seja oferecido de forma segura”, explica. Palhari diz que o município possui 1000 quilômetros de estradas vicinais, e afirma que no momento não há como fazer manutenção, se não houver um período de estiagem.
As estradas que dão acesso aos distritos de Novo Plano e Córgão já não estão mais alagadas, mas alguns pontos ainda requerem atenção. A ponte que dá acesso ao distrito de Novo Plano está segura por cabo de aço. Já na linha 85, que dá acesso ao distrito de Boa Esperança, a situação é mais crítica. Uma cratera se formou e mais da metade da estrada desmoronou. Apenas carros pequenos conseguem passar no local. Ainda na linha 85, uma ponte entornou após ter sido encoberta pelas águas e vários cabos de aço tentam impedir que seja levada pelo rio. Apesar de oferecer riscos, alguns moradores ainda passam pelo local.
Na outra estrada que dá acesso ao distrito, poucos carros conseguem passar sem atolar. O motorista Sadraque Pinto tentou passar com um caminhão, mas não conseguiu. “Este ponto está ruim, mas lá na frente está pior. A prefeitura diz que vai arrumar, mas é só promessa. Toda vez que passo aqui tenho que chamar um trator para me rebocar. Está complicado”, diz.
De acordo com o prefeito, além da educação, o setor produtivo é um dos mais afetados com a situação, já que os produtores de soja e arroz estão em fase de colheita. Um projeto foi montado  e será enviado ao Ministério Público, em Vilhena (RO), para comprovar que o transporte dos alunos pelas estradas não é seguro. Um novo calendário está em análise para que as aulas sejam repostas.