Cerca de cem refugiados do Haiti, país que foi destruído por um terremoto em janeiro do ano passado, chegaram a Rondônia neste feriado de Carnaval em busca de emprego nas duas usinas hidrelétricas que estão sendo construídas no Estado.
Trata-se de duas das maiores obras em realização no Brasil atualmente.
Os haitianos, na maioria homens com cerca de 30 anos, bateram à porta da usina de Jirau (localizada a 120 km de Porto Velho, capital do Estado) na tarde de sábado e chegaram a pernoitar no local em busca de uma oportunidade de trabalho.
Hoje, o grupo está abrigado num ginásio em Porto Velho, amparado pelo governo do Estado. Muitos deles vieram do Haiti já com o propósito de trabalhar nas usinas.
Além de Jirau, também está em construção no Estado a usina de Santo Antônio, a 7 km de Porto Velho -que, até agora, não recebeu haitianos em busca de emprego.
"É um novo Eldorado que se instala em Rondônia", afirma o secretário de Turismo do Estado, Júlio Olivar, que providenciou assistência para os haitianos.
"Muita gente vem atraída pelo canto da sereia, achando que é fácil, mas não é. Eles [as usinas] são muito rigorosos", disse Olivar.
Segundo ele, o grupo saiu do Haiti há cerca de dois meses e se reuniu no Acre, onde foi atendido pelo governo local e recebeu documentação e vacinação.
O secretário de Justiça do Acre, Henrique Corinto, diz que centenas de haitianos têm chegado ao Estado pela fronteira com o Peru desde janeiro.
"Sensibilizado" com a situação dos imigrantes e também preocupado com a possível "insegurança" que poderiam provocar, o governo estadual já deu assistência a cerca de 200 deles.
Olivar diz que o governo de Rondônia tentará, a partir de hoje, empregar pelo menos parte dos trabalhadores nas obras da região.
De acordo com o secretário, os haitianos são todos alfabetizados, alguns deles falam até três línguas e todos têm qualificação profissional.
Todos eles também estão em situação legal no Brasil, porque têm um protocolo de pedido de refúgio no país.
ESTELITA HASS CARAZZAI
FOLHA DE SÃO PAULO
Trata-se de duas das maiores obras em realização no Brasil atualmente.
Os haitianos, na maioria homens com cerca de 30 anos, bateram à porta da usina de Jirau (localizada a 120 km de Porto Velho, capital do Estado) na tarde de sábado e chegaram a pernoitar no local em busca de uma oportunidade de trabalho.
Hoje, o grupo está abrigado num ginásio em Porto Velho, amparado pelo governo do Estado. Muitos deles vieram do Haiti já com o propósito de trabalhar nas usinas.
Além de Jirau, também está em construção no Estado a usina de Santo Antônio, a 7 km de Porto Velho -que, até agora, não recebeu haitianos em busca de emprego.
"É um novo Eldorado que se instala em Rondônia", afirma o secretário de Turismo do Estado, Júlio Olivar, que providenciou assistência para os haitianos.
"Muita gente vem atraída pelo canto da sereia, achando que é fácil, mas não é. Eles [as usinas] são muito rigorosos", disse Olivar.
Segundo ele, o grupo saiu do Haiti há cerca de dois meses e se reuniu no Acre, onde foi atendido pelo governo local e recebeu documentação e vacinação.
O secretário de Justiça do Acre, Henrique Corinto, diz que centenas de haitianos têm chegado ao Estado pela fronteira com o Peru desde janeiro.
"Sensibilizado" com a situação dos imigrantes e também preocupado com a possível "insegurança" que poderiam provocar, o governo estadual já deu assistência a cerca de 200 deles.
Olivar diz que o governo de Rondônia tentará, a partir de hoje, empregar pelo menos parte dos trabalhadores nas obras da região.
De acordo com o secretário, os haitianos são todos alfabetizados, alguns deles falam até três línguas e todos têm qualificação profissional.
Todos eles também estão em situação legal no Brasil, porque têm um protocolo de pedido de refúgio no país.
ESTELITA HASS CARAZZAI
FOLHA DE SÃO PAULO