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Foto: imagem news
Se há alguns anos, a profissão de gari era encarada com preconceito e a de professor, funcionário do estado, era exaltada devido ao salário, atualmente o quadro mudou. Com as mesmas 40 horas de trabalho e com exigência de nível de escolaridade inferior, um gari ganha hoje cerca de R$ 1.300,00, enquanto um professor de nível médio, ganha R$ 1.089,00. Os dois valores incluem gratificações.

Comparando as profissões, ambas de suma importância para a sociedade, é possível apontar a diferença. O salário sem gratificações de um gari chega a R$ 620,00 e o de um professor é de 889,00. A situação dos professores de nível médio, contratados em 20 horas é mais lamentável ainda, o vencimento pago pelo governo é de R$ 444,89 e mais gratificação de R$ 100,00, se estiver em sala de aula.
 
A comparação é baseada em informações repassadas pela direção dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) e dos Servidores Públicos do Município de Porto Velho (Sindeprof).
 
Pendurados em vários empréstimos bancários, assim como a maioria dos profissioais de educação, os professores com nível superior, também reclamam a defasagem dos salários. Um docente com 40 horas de sala de aula, ganha R$ 1.497 e gratificação de R$ R$ 200,00 e com carga de 20 horas, o valor baixa para R$ 748 e mais R$ 100,00 de gratificação.
 
PROFISSIONAIS DE APOIO
O salário dos profissionais de escola (limpeza, cozinha, inspeção e portaria), é o mais defasado, segundo o Sintero. O valor do vencimento é de R$ 378,00, com gratificação de R$ 205 e alguns auxílios, o total pode chegar a aproximadamente R$ 700,00.
 
Com R$ 470 de vencimento e mais gratificações e auxílios, o salário dos profissionais de administração (secretaria escolar), não tem muita diferença. Segundo cálculos do Sintero, o salário dos profissionais em educação esta com defasagem de 35%, baseados no período de 2002 a 2010.
 
Nesta quarta-feira (27), o sindicato realizará uma assembléia para apresentar a proposta salarial do governo do estado. Caravanas do interior são esperadas para a reunião. Caso os servidores não aceitem o oferecido, há possibilidade de greve por tempo indeterminado na educação.

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