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O
resultado é o caos gerado nas áreas atingidas em Porto Velho,
Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Rolim de Moura, Ji-Paraná e Cacoal. Além dos
Distritos do Baixo Madeira, como São Carlos e Vila de Nazaré, e
Distritos ao longo da BR 364, Jacy-Paraná, Extrema, Mutum, Vista Alegre
do Abunã. A Defesa Civil contabilizou até o momento que são 16.500
pessoas desabrigadas ou desalojadas nessas regiões.
Na
Capital as áreas afetadas na região central que comporta os bairros
Triângulo, Cai N´água, Mocambo e Areal, permanecem críticas, com várias
vias interditadas – Rua Almirante Barroso, Avenida Campos Sales, Rua
Tenreiro e principalmente Rogério Weber, onde as águas do Madeira tomam
de conta em vários pontos e atingindo prédios da Receita Federal,
TRE-RO, Justiça Federal e Fórum. Para piorar já foram detectadas
rachaduras na via, provocando crateras e fazendo com que o asfalto ceda,
prejudicando o tráfego de veículos que precisam pegar o trecho que
conduz a Estrada de Santo Antônio. Uma força tarefa da Secretaria
Municipal de Obras, junto com a Defesa Civil e Exército estão avaliando
os danos na avenida e a possibilidade de interromper ainda mais o
trânsito e abrir um caminho alternativo nos próximos dias.
GUAJARÁ-MIRIM
Em
Guajará-Mirim e Nova Mamoré a situação é crítica também com a enchente
do rio Mamoré, que na região atingiu mais de cinco mil pessoas. Ainda
ontem (25) o prefeito de Guajará-Mirim, Dúlcio Mendes, decretou estado
de Calamidade Pública. A situação piorou muito nos últimos dias e
Bairros populosos, como Santo Antônio, Industrial, Triângulo, Cristo
Rey, Tamandaré e Centro já foram atingidos pelas águas.
Com
mais força, ainda em Guajará-Mirim, as águas tomaram conta das áreas
ribeirinhas dos rios Mamoré, Guaporé, Pacaas Novos e Ouro Preto e
incluindo comunidades indígenas.
RIO BENI
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) imagens recentes do satélite Landsat 7 apresentam
áreas atualmente inundadas pelo Mamoré que irão vazar para o Madeira.
Essas águas do Rio Mamoré ainda não chegaram a Porto Velho e quando
atingirem a região, o que deve ocorrer em alguns dias, tornarão a
situação ainda mais crítica em Rondônia.
A
Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe tem avaliado imagens de
satélite com o intuito de ajudar a antecipar medidas de emergência que
são tomadas pela Defesa Civil.
Registrada
no dia 15 de março pelo Serviço Geológico Americano (USGS) e processada
por Oton Barros, pesquisador do Inpe, a imagem abaixo mostra em azul
escuro e em negro a superfície inundada com resposta espectral de água.
Em verde, no entorno da calha do rio, matas inundadas pela cheia do Rio
Mamoré. Essas águas ainda alimentarão a cheia histórica do Rio Madeira.